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01-04-2003

Arguido utilizava identidade falsa


Oliveira do Bairro

Oliveira do Bairro - Mega-processo Arguido usava falsa identidade - ex-funcionária O principal envolvido numa alegada mega-burla que está a ser julgada em Oliveira do Bairro usava uma identidade falsa para encomendar mercadorias, revelou hoje ao tribunal a sua antiga funcionária Iolanda Gomes. A testemunha trabalhou durante um mês na firma Socumpur, constituída em Leiria pelo principal arguido deste processo - Vítor I. - e nessa altura viu o seu ex-patrão escrever e assinar centenas de faxes ora com o nome do seu alegado sócio Hélder Cruz, ora com o de Eduardo Lima, um personagem que não conseguiu identificar. Os faxes eram enviados por Iolanda ou pela colega de trabalho Sandra Jorge, para firmas de variados ramos, propondo a aquisição de mercadoria. Iolanda Gomes explicou que por vezes recebia chamadas de supostos fornecedores que perguntavam por Hélder Cruz ou Eduardo Lima - sobretudo este - e acrescentou que esses telefonemas eram sempre atendidos por Vítor I. De acordo com o que a testemunha foi ouvindo, este arguido nunca esclareceu aos seus interlocutores telefónicos quem era, fazendo supor que queria mesmo passar-se por Hélder Cruz ou Eduardo Lima. Algumas vezes Vítor I. terá recebido representantes de firmas que estariam interessadas em negociar com a Socumpur, mas Iolanda Gomes disse não se lembrar se o arguido se teria apresentado a esses visitantes pelo seu verdadeiro nome. Além de Vítor I., Iolanda Gomes disse conhecer Hélder Cruz, que lhe teria sido apresentado como sócio da empresa ou, pelo menos, como pessoa com interesses na firma. «O Sr. Hélder era como que o sócio preguiçoso«, ilustrou, provocando gargalhadas na sala da Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro, onde decorre este julgamento. Contou que apenas via Hélder Cruz em silêncio ou ao telemóvel e acrescentou que todas as decisões provinham de Vítor I. Segundo a testemunha, a sua tarefa e da colega limitava-se ao envio de faxes e respectivo registo, atendimento de chamadas, que de imediato eram passadas a Vítor I., e constituição de uma base de dados. A impressão colhida na altura pela testemunha foi a de que a Socumpur comprava material destinado à exportação para Guiné-Bissau, onde trabalharia com empresas de informática e restaurantes. Das formas de pagamento, com alegado recurso a letras que não eram pagas nem reformadas, a testemunha disse que nada sabia por essa ocasião. Quanto ao local onde as mercadorias eram recebidas, garantiu que não era no escritório, lembrando-se «vagamente« de ouvir falar num armazém, sem saber detalhar a sua localização e as suas dimensões. A defesa oficiosa de Vítor I., a cargo de Jorge Mendonça, desvalorizou o depoimento, comentando apenas: «como saiu da firma sem receber o salário, já vi tudo«. De imediato, o juiz-presidente, Paulo Valério, observou para Jorge Mendonça: «foi rápido nas suas conclusões!«. Sandra Jorge, a outra ex-empregada da Socumpur, foi também chamada a depor, mas revelou sucessivas falhas de memória quanto a aspectos cruciais. Segundo o Ministério Público, neste julgamento está em causa uma alegada teia que permitiu a Vítor I. e mais 21 arguidos obter, ou tentar obter, mercadoria sem pagar num valor global superior a um milhão de contos (cinco milhões de euros). O empresário de 55 anos, natural de Salir do Porto (Caldas da Rainha) e com negócios na Guiné-Bissau é acusado de dois crimes de associação criminosa, 770 crimes de falsificação de documentos, 753 crimes na forma tentada de burla qualificada e 98 crimes de burla qualificada. Sabe-se, entretanto, que o julgamento se vai prolongar pelo menos até Fevereiro de 2003, estando calendarizadas já audiências até dia 21 daquele mês. Lusa (27 Nov / 15:48)

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